Como a Jardinagem Pode Estimular o Interesse das Crianças pela Natureza
Imagine uma criança com as mãos na terra, os olhos brilhando ao ver a primeira folha brotar de uma semente que ela mesma plantou. Esse é o tipo de experiência que a gente nunca esquece — e que vai muito além de uma simples atividade escolar.
Descubra como a jardinagem na educação infantil pode transformar o aprendizado das crianças. Veja os benefícios dessa prática na Casa de Vó Escola.
Na Casa de Vó Escola, a jardinagem na educação infantil é uma das formas mais bonitas e naturais de aproximar as crianças do mundo ao seu redor. Aqui, elas aprendem sobre paciência, cuidado, tempo da natureza e, acima de tudo, sobre a vida.
O poder de aprender com a terra
A terra ensina. E quando uma criança tem a chance de plantar, regar, colher e observar cada etapa do ciclo de uma planta, ela entende — de forma concreta — conceitos que seriam abstratos em qualquer outro contexto.
Na prática, a jardinagem na educação infantil contribui com:
- A percepção da passagem do tempo
- O entendimento de causa e consequência
- A valorização dos alimentos e do meio ambiente
- O desenvolvimento da coordenação motora e da atenção
- O fortalecimento de vínculos afetivos com o planeta
E sabe o mais bonito? Tudo isso acontece sem que a criança perceba que está “estudando”. Ela está vivendo.
Muito mais do que plantar
Na Casa de Vó, o espaço da horta escolar é um cantinho de descobertas. Não é preciso grandes estruturas para gerar impacto — um pequeno canteiro, alguns vasos e ferramentas do tamanho certo para as mãos pequenas já são o suficiente para criar um universo de aprendizado.
As crianças escolhem o que vão plantar, acompanham as mudanças dia após dia, aprendem que nem tudo nasce no tempo que a gente quer — e que cuidar exige presença, gentileza e paciência.
Elas mexem na terra, observam insetos, perguntam, criam hipóteses, colhem, cheiram, provam. A horta vira laboratório, sala de aula, quintal de vó e mundo inteiro ao mesmo tempo.
Natureza e infância: um reencontro necessário
Com o crescimento das cidades, muitas crianças hoje têm pouco contato com o verde. Algumas nem sabem de onde vem o alimento que comem, ou nunca tocaram na terra com liberdade. A jardinagem na educação infantil é também uma forma de reconectar essas crianças àquilo que é essencial.
Aqui, elas aprendem que tomate não nasce na prateleira, que uma flor tem seu tempo para abrir, que folhas caem e voltam a nascer. Isso traz consciência ambiental, respeito à vida e uma relação mais saudável com o tempo.
Efeitos emocionais e comportamentais
Trabalhar com plantas tem um efeito calmante natural. Mexer na terra regula a ansiedade, estimula o foco e ajuda a criança a encontrar um ritmo interno mais equilibrado. É como se a natureza “organizasse por dentro” também.
Por isso, em dias mais agitados ou após atividades de maior estímulo, a horta da escola vira um refúgio tranquilo — um espaço onde os pequenos podem desacelerar, observar, cuidar.
E em tempos em que o imediatismo e o excesso de telas são tão presentes, atividades como a jardinagem oferecem exatamente o que falta: tempo, paciência e contato verdadeiro.
Como trazer isso para casa?
Você não precisa de um quintal enorme para incentivar esse vínculo com a natureza. Um vasinho na varanda, uma jardineira na janela, um pequeno canteiro improvisado já fazem diferença. O importante é envolver a criança em todo o processo:
- Escolher o que plantar
- Preparar a terra
- Regar todos os dias
- Esperar (e conversar sobre o tempo das coisas)
- Cuidar com carinho
Isso tudo fortalece o vínculo familiar e cria memórias afetivas que, como toda boa lembrança de infância, ficam guardadas para sempre.
Na Casa de Vó incentivamos a jardinagem na educação infantil, afinal a infância acontece com os pés no chão, as mãos na terra e o coração cheio de curiosidade. A horta é parte viva do nosso jeito de ensinar: com afeto, presença e respeito pela natureza de cada criança — e da própria natureza.
Porque aprender é isso: plantar hoje, cuidar com amor e, lá na frente, colher tudo aquilo que cultivamos juntos.
